quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Consequências da Coisificação do Negro no Brasil
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A Constituição chamada de cidadã- a de 1988- tem como principal caracteristica a eliminação da desigualdade, a medida que trata os iguais como iguais e os desiguais como desiguais. Tal afirmação pode suscitar uma interrogação sobre o proprio teor democratico e isonômico de direitos, entretanto, quando se coloca as minorias, ou os menos favorecidos socioeconomicamente num patamar diferenciado sob a égide protetora do Estado tem-se em vistas a correção das distorções socias ocorridas ao longo do tempo.
Quando o artigo 5º da Constituição Federal Brasileira de 1988 diz que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade(...)”. E que - inciso XLVII - não haverá penas: de morte, salvo em caso de guerra declarada(...), de caráter perpétuo; de trabalhos forçados; de banimento; cruéis”, é uma forma do próprio Estado assegurar a todos dentro do território brasileiro direitos e garantias fundamentais intrínsecas à proteção da dignidade da pessoa humana apregoados desde o século XVIII com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Cabe a nós, pardos, negros ou não, buscar fazer um país de iguais, não pela origem, condição social, econômica, política ou religiosa, mas por sermos todos pessoas humanas, e para isto devemos lembrar sempre que o “poder emana do povo”, e que este povo é de maioria afrodescendente.
Helieneidy R. Carvalho
A Constituição chamada de cidadã- a de 1988- tem como principal caracteristica a eliminação da desigualdade, a medida que trata os iguais como iguais e os desiguais como desiguais. Tal afirmação pode suscitar uma interrogação sobre o proprio teor democratico e isonômico de direitos, entretanto, quando se coloca as minorias, ou os menos favorecidos socioeconomicamente num patamar diferenciado sob a égide protetora do Estado tem-se em vistas a correção das distorções socias ocorridas ao longo do tempo.
Quando o artigo 5º da Constituição Federal Brasileira de 1988 diz que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade(...)”. E que - inciso XLVII - não haverá penas: de morte, salvo em caso de guerra declarada(...), de caráter perpétuo; de trabalhos forçados; de banimento; cruéis”, é uma forma do próprio Estado assegurar a todos dentro do território brasileiro direitos e garantias fundamentais intrínsecas à proteção da dignidade da pessoa humana apregoados desde o século XVIII com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Cabe a nós, pardos, negros ou não, buscar fazer um país de iguais, não pela origem, condição social, econômica, política ou religiosa, mas por sermos todos pessoas humanas, e para isto devemos lembrar sempre que o “poder emana do povo”, e que este povo é de maioria afrodescendente.
Helieneidy R. Carvalho
domingo, 18 de outubro de 2009
JUSTIFICATIVA
JUSTIFICATIVA
As raízes da História do Brasil estão intimamente relacionada com a África, esta é o berço da humanidade, onde foram encontrados os vestígios dos primeiros seres humanos. “Lá também foram encontrados os primeiros centros universitários e culturais de que se tem registro (Tumbuctu, Gao, Djene)” NOVA ECOLA 2005.
O estudo sobre a História do continente africano, sempre foi marcado por estereótipos, resumindo-se apenas ao olhar do colonizador, uma visão eurocêntrica. É preciso lançar outro “olhar” sobre a África, repensar a sua Historia, suas contribuições sociais, econômicas e culturais para as demais sociedades, conhecer a sua dinâmica interna, afinal esse não é um continente homogêneo. É esse aspecto que proporciona mais motivação para conhecê-lo. ”Perceber a variedade das sociedades africanas pode nos ensinar a conviver com a pluralidade que nos compõe, sem atribuir hierarquias aos diferentes grupos culturais” (SOUZA 2008). Contribuindo para vencer práticas preconceituosas e racistas.
Analisar a História desse continente significa fazer correções aos vários séculos de informações equivocadas, mascaradas e desfiguradas. È preciso conhecer nossa identidade, sobre a participação africana na elaboração da sociedade brasileira, desconstruindo assim práticas discriminatórias que estão presentes em nosso país. O conhecimento sobre África possibilita construir imagens positivas sobre nossa cultura.
Estudar a História do continente africano hoje não é uma opção, é lei, sabe-se, entretanto que apenas a lei não é possível para transformar séculos de conhecimentos equivocados, mas esta, representa um primeiro passo na longa trajetória de mudanças. É preciso transformar o fazer pedagógico, mudando velhas práticas historicamente construídas, carregadas de preconceitos. A LDB – Lei 9394/96, estabelece que o ensino de História do Brasil deve-se levar em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, principalmente as matrizes africanas, indígenas e européia. A Lei 10.639/2003, altera a LDB, para incluir a obrigatoriedade da temática do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira,” incluindo o estudo de História da África e dos Africanos , a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinente à História do Brasil.” Esses conteúdos devem ser ministrados no âmbito de todo o currículo escolar.
Esse projeto visa a valorização da identidade negra na formação do povo brasileiro, trazer à reflexão sobre a pluralidade cultural, valorizar a diversidade étnica, discutir práticas racistas, conhecer políticas afirmativas em relação ao negro, é dar voz aqueles que durante muito tempo teve sua História e cultura negada. Conhecer a História da África pelo olhar dos seus protagonistas. Usando uma abordagem multidisciplinar e inter disciplinar. Questionando, Quem somos? Qual a nossa identidade? Como contribuímos para a formação do nosso país?
As raízes da História do Brasil estão intimamente relacionada com a África, esta é o berço da humanidade, onde foram encontrados os vestígios dos primeiros seres humanos. “Lá também foram encontrados os primeiros centros universitários e culturais de que se tem registro (Tumbuctu, Gao, Djene)” NOVA ECOLA 2005.
O estudo sobre a História do continente africano, sempre foi marcado por estereótipos, resumindo-se apenas ao olhar do colonizador, uma visão eurocêntrica. É preciso lançar outro “olhar” sobre a África, repensar a sua Historia, suas contribuições sociais, econômicas e culturais para as demais sociedades, conhecer a sua dinâmica interna, afinal esse não é um continente homogêneo. É esse aspecto que proporciona mais motivação para conhecê-lo. ”Perceber a variedade das sociedades africanas pode nos ensinar a conviver com a pluralidade que nos compõe, sem atribuir hierarquias aos diferentes grupos culturais” (SOUZA 2008). Contribuindo para vencer práticas preconceituosas e racistas.
Analisar a História desse continente significa fazer correções aos vários séculos de informações equivocadas, mascaradas e desfiguradas. È preciso conhecer nossa identidade, sobre a participação africana na elaboração da sociedade brasileira, desconstruindo assim práticas discriminatórias que estão presentes em nosso país. O conhecimento sobre África possibilita construir imagens positivas sobre nossa cultura.
Estudar a História do continente africano hoje não é uma opção, é lei, sabe-se, entretanto que apenas a lei não é possível para transformar séculos de conhecimentos equivocados, mas esta, representa um primeiro passo na longa trajetória de mudanças. É preciso transformar o fazer pedagógico, mudando velhas práticas historicamente construídas, carregadas de preconceitos. A LDB – Lei 9394/96, estabelece que o ensino de História do Brasil deve-se levar em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, principalmente as matrizes africanas, indígenas e européia. A Lei 10.639/2003, altera a LDB, para incluir a obrigatoriedade da temática do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira,” incluindo o estudo de História da África e dos Africanos , a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinente à História do Brasil.” Esses conteúdos devem ser ministrados no âmbito de todo o currículo escolar.
Esse projeto visa a valorização da identidade negra na formação do povo brasileiro, trazer à reflexão sobre a pluralidade cultural, valorizar a diversidade étnica, discutir práticas racistas, conhecer políticas afirmativas em relação ao negro, é dar voz aqueles que durante muito tempo teve sua História e cultura negada. Conhecer a História da África pelo olhar dos seus protagonistas. Usando uma abordagem multidisciplinar e inter disciplinar. Questionando, Quem somos? Qual a nossa identidade? Como contribuímos para a formação do nosso país?
OBJETIVOS
- OBJETIVOS
Perceber a importância de conhecer a história da África e dos afro-descendentes no Brasil, sua trajetória de luta e resistência, conhecer suas manifestações culturais e contribuições para a formação da nação brasileira. - Discutir políticas afirmativas para os afro-descendentes e o resultado de sua implantação no Brasil, como forma de valorizar a identidade negra
METODOLOGIA
METODOLOGIA
A base do desenvolvimento do projeto é o trabalho de pesquisa que será realizada em diferentes fontes: livros, jornais, revistas, internet, entrevistas, análise de imagens, entre outros
Inicialmente ensinaremos como deve ser feito um trabalho de pesquisa, a partir de uma problemática e buscando a neutralidade possível do pesquisador.
Os resultados dessas pesquisas serão sempre socializados em sala pelo aluno, com o objetivo de fomentar o debate sobre a questão da História da África e dos africanos no Brasil.
Serão realizados também seminários e mesas redondas, com palestrantes que tenham vivência sobre a temática, para que os alunos possam ampliar seu leque de informações sobre o tema e também discutí-lo de forma prática com profissionais pesquisadores do tema.
O trabalho de campo consistirá em viagem a Salvador para conhecermos melhor as atividades culturais e sociais de blocos negros como o Ilê Ayê, Olodum, e sua luta na inserção do negro na sociedade. Faremos também visita ao museu Afro Brasileiro e a Casa de Angola.O projeto envolverá todas as áreas do conhecimento e será realizado durante os meses de outubro a dezembro. Sua culminância será na Semana da Consciência Negra, onde será realizado uma Feira das Nações. As produções realizadas pelos alunos serão expostos, como: máscaras, produção de filmes, fotos,culinária entre outros
A base do desenvolvimento do projeto é o trabalho de pesquisa que será realizada em diferentes fontes: livros, jornais, revistas, internet, entrevistas, análise de imagens, entre outros
Inicialmente ensinaremos como deve ser feito um trabalho de pesquisa, a partir de uma problemática e buscando a neutralidade possível do pesquisador.
Os resultados dessas pesquisas serão sempre socializados em sala pelo aluno, com o objetivo de fomentar o debate sobre a questão da História da África e dos africanos no Brasil.
Serão realizados também seminários e mesas redondas, com palestrantes que tenham vivência sobre a temática, para que os alunos possam ampliar seu leque de informações sobre o tema e também discutí-lo de forma prática com profissionais pesquisadores do tema.
O trabalho de campo consistirá em viagem a Salvador para conhecermos melhor as atividades culturais e sociais de blocos negros como o Ilê Ayê, Olodum, e sua luta na inserção do negro na sociedade. Faremos também visita ao museu Afro Brasileiro e a Casa de Angola.O projeto envolverá todas as áreas do conhecimento e será realizado durante os meses de outubro a dezembro. Sua culminância será na Semana da Consciência Negra, onde será realizado uma Feira das Nações. As produções realizadas pelos alunos serão expostos, como: máscaras, produção de filmes, fotos,culinária entre outros
ÁREAS ENVOLVIDAS
ÁREAS ENVOLVIDAS
HISTÓRIA
O Continente africano, antes da chegada dos europeus, principais reinos e Impérios da Antiguidade.
A formação da população brasileira
África colônia, descolonização, África atual
Colonização portuguesa na África
Contribuição negra na História do Brasil, da colonização aos dias atuais
GEOGRAFIA
Diversidade de povos
Riqueza natural da África
Estudo de países africanos de onde partiram negros para o Brasil
SOCIOLOGIA
Movimento negro- resistência
Contribuição cultural do negro
Negros que se destacaram na África e no Brasil
Políticas públicas- ações afirmativas
FILOSOFIA
Discussão de conceitos –Eurocentrismo, ideologia, Identidade
LÍNGUA PORTUGUESA
Diversidade lingüística
Influencia africana no vocabulário brasileiro
Literatura africana, poemas, contos, mitos
Poetas e escritores negros no Brasil
Textos e letras de músicas que marquem a trajetória do negro no Brasil,
Discussão sobre diversidade étnica e discriminação no Brasil.
LÍNGUA INGLESA
Textos em inglês sobre a vida de lideranças negras
Música negra americana
Cultura negra americana
ARTES
Arte de origem africana e afro-descendente
Máscaras e sua importância na cultura africana
Construção de máscaras, mandalas
Música e instrumentos africanos
Rap, funk
Moda africana, tecidos, cores
Culinária
EDUCAÇÃO FÍSICA
Importância do atletismo na África
Valores no esporte- igualdade, solidariedade, trabalho em equipe,
Discussão sobre discriminação no esporte
Capoeira - ritmos
ENSINO RELIGIOSO
Valores- respeito, diversidade cultural, ética,
Sincretismo religioso
Religiões africanas
MATEMÁTICA
História da matemática começa no Egito
Pirâmides
Estudo de tabelas, gráficos com percentuais negros (IPEA, IBGE)
CIÊNCIAS
Nascimento da medicina no Egito- mumificação
Odontologia, cesariana, métodos contra-ceptivos, teste de gravidez
Estudo do genoma
Políticas afirmativa- anemia falsiforme (estatuto da Igualdade racial)
HISTÓRIA
O Continente africano, antes da chegada dos europeus, principais reinos e Impérios da Antiguidade.
A formação da população brasileira
África colônia, descolonização, África atual
Colonização portuguesa na África
Contribuição negra na História do Brasil, da colonização aos dias atuais
GEOGRAFIA
Diversidade de povos
Riqueza natural da África
Estudo de países africanos de onde partiram negros para o Brasil
SOCIOLOGIA
Movimento negro- resistência
Contribuição cultural do negro
Negros que se destacaram na África e no Brasil
Políticas públicas- ações afirmativas
FILOSOFIA
Discussão de conceitos –Eurocentrismo, ideologia, Identidade
LÍNGUA PORTUGUESA
Diversidade lingüística
Influencia africana no vocabulário brasileiro
Literatura africana, poemas, contos, mitos
Poetas e escritores negros no Brasil
Textos e letras de músicas que marquem a trajetória do negro no Brasil,
Discussão sobre diversidade étnica e discriminação no Brasil.
LÍNGUA INGLESA
Textos em inglês sobre a vida de lideranças negras
Música negra americana
Cultura negra americana
ARTES
Arte de origem africana e afro-descendente
Máscaras e sua importância na cultura africana
Construção de máscaras, mandalas
Música e instrumentos africanos
Rap, funk
Moda africana, tecidos, cores
Culinária
EDUCAÇÃO FÍSICA
Importância do atletismo na África
Valores no esporte- igualdade, solidariedade, trabalho em equipe,
Discussão sobre discriminação no esporte
Capoeira - ritmos
ENSINO RELIGIOSO
Valores- respeito, diversidade cultural, ética,
Sincretismo religioso
Religiões africanas
MATEMÁTICA
História da matemática começa no Egito
Pirâmides
Estudo de tabelas, gráficos com percentuais negros (IPEA, IBGE)
CIÊNCIAS
Nascimento da medicina no Egito- mumificação
Odontologia, cesariana, métodos contra-ceptivos, teste de gravidez
Estudo do genoma
Políticas afirmativa- anemia falsiforme (estatuto da Igualdade racial)
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